Tudo como manter e cuidar do seu filtro de partículas!

Filtro de Partículas (DPF) – Tudo o que precisa de saber!

Descubra como manter e cuidar do seu filtro de partículas!

Explore o tema do filtro de partículas no nosso blog automóvel, onde desvendamos a importância e o funcionamento desse componente vital nos veículos modernos. Este dispositivo, integrado ao sistema de escape, tem a missão crucial de reduzir emissões de partículas poluentes, promovendo uma condução mais limpa e amiga do meio ambiente.

Para fazer cumprir o normativo europeu de emissões, os construtores tiveram de equipar os veículos com sistemas de pós tratamento de gases de escape,. destacando-se o sistema de recirculação dos gases de escape (EGR), catalisador de três vias (TWC), catalisador de redução seletiva direta (SCR), catalisador de oxidação diesel (DOC) e filtro de partículas diesel (DPF).

Desde 2009 com a norma Euro 5, exige que todos os veículos tenham um baixo nível de emissão de cinzas. Para cumprir este normativo, os construtores tiveram que, principalmente nos motores a gasóleo, incluir um filtro de partículas na linha de escape.

Ao reter e filtrar as partículas sólidas presentes nos gases de escape, o filtro de partículas contribui significativamente para a qualidade do ar. Esta peça, especialmente presente nos motores a diesel, desempenha um papel essencial na redução de poluentes atmosféricos prejudiciais, melhorando a qualidade do ar e cumprindo as mais rigorosas normas ambientais.

Destacamos também os sinais de mau funcionamento e a importância da manutenção regular para garantir a eficiência do filtro de partículas. Analisamos também as últimas tecnologias e inovações neste componente, fornecendo insights valiosos para os entusiastas do mundo automóvel e proprietários de veículos.

Ao compreender o este componente, os condutores estão a investir não apenas na importância deste componente no bom funcionamento do veículo, mas também na saúde do meio ambiente. Explore nosso artigo completo para uma visão abrangente sobre essa peça fundamental, descubra como ela molda a experiência de condução moderna e como sua manutenção adequada é essencial para um desempenho automóvel eficiente e sustentável. Ligue-se ao futuro da tecnologia automóvel e mantenha sua condução sempre limpa e ambientalmente consciente.

O que é um Filtro de Partículas (DPF) e como funciona?

Por definição, Filtro de Partículas Diesel (DPF, sigla em inglês) é um componente do sistema de escape de veículos a diesel projetado para reduzir as emissões de partículas sólidas. Ele funciona retendo e armazenando partículas provenientes da queima do combustível diesel.

Periodicamente, o DPF passa por um processo chamado regeneração, onde as partículas acumuladas são queimadas a altas temperaturas, convertendo-as em cinzas e permitindo que o filtro seja limpo. O DPF desempenha um papel crucial no cumprimento de normas ambientais, reduzindo a emissão de poluentes atmosféricos provenientes dos veículos a diesel.

O Filtro de Partículas Diesel (DPF) é composto por materiais cerâmicos ou metálicos porosos que formam um substrato. Este substrato é revestido com uma camada de catalisador, geralmente de óxidos de metais preciosos como paládio e platina. A combinação do substrato poroso e do revestimento catalítico permite que o DPF capture as partículas sólidas presentes nos gases de escape dos motores a diesel.

O substrato poroso, muitas vezes feito de materiais como cordierita ou carbeto de silício, cria uma estrutura labiríntica que retém as partículas, enquanto o catalisador ajuda a facilitar a regeneração do filtro durante o processo de queima das partículas acumuladas.

É importante destacar que, embora a composição básica do DPF seja semelhante, a especificidade dos materiais e o design podem variar entre os fabricantes e os modelos de veículos. Essa variação visa otimizar a eficiência e durabilidade do filtro, adaptando-o às características específicas de cada aplicação automóvel.

Regeneração Ativa, Passiva e Forçada – Limpeza do Filtro de Partículas (DPF)

Quando chega a altura de realizar uma limpeza do DPF, três formas diferentes podem ser utilizadas. Falamos da forma ativa, passiva opuseram forçada de mantermos o nosso filtro de partículas limpo e reduzir ao máximo a sua obstrução. A regeneração acontece tendo em conta várias condicionantes, sejam a velocidade do veículo, o regime do motor em rotações por minuto (RPM) e a sua temperatura de serviço.

Os requisitos básicos serão para que o processo aconteça é que o motor tenha atingido a sua temperatura de serviço, a velocidade a que circula seja superior a 65 km/h e que o conta rotações esteja acima das 2500 RPM. Consoante o nível de obstrução do filtro, o sistema do carro determinará o tempo de operação necessário para que o processo se complete.

Regeneração Ativa – Quando o sistema do carro deteta que o nível de obstrução do DPF atinge aproximadamente os 50% da sua capacidade, desencadeia um processo de aumento da quantidade de combustível injetado, fazendo com que a temperatura dos gases de escape aumente e que no DPF sejam queimados os resíduos de partículas nele existentes. Se este processo acontecer no decurso de uma viagem de curta distância, o processo pode não se concluir fazendo com que possa ver no painel do carro uma luz com a indicação de saturação do DPF.

Se tal acontecer, é necessário concluir o processo, levando o carro a uma autoestrada (de preferencia e por motivos de segurança), conduzindo a uma velocidade superior a 65 km/h, com as rotações do motor acima das 2500 RPM e durante um período de aproximadamente 15 minutos até que a luz indicadora de saturação do DPF se apague.

Regeneração Passiva – Acontece quando conduzimos em autoestrada e com os parâmetros mínimos já indicados, tendo como resultado uma temperatura dos gases de escape elevada. Muitas vezes o sistema do carro opta pelo modo “Ativo” derivado aos hábitos de condução de muitos condutores de viaturas com motores diesel, onde conduzem em trajetos curtos, a baixa velocidade e com os motores abaixo da temperatura de serviço. Normalmente estas são algumas das principais causas da saturação precoce dos DPF’s das viaturas diesel.

Regeneração Forçada – É um método de regeneração prevista pelo fabricante do motor como último recurso e quando a regeneração ativa falhou por incumprimento dos parâmetros já explicados.

Também utilizado quando o níveis de obstrução do DPF ultrapassam os 70% e o motor entra em “safe mode”, impedindo que hajam mais danos no motor.e todos estes sinais forem ignorados, o nível de obstrução continuará a aumentar e os danos no seu motor poderão ser mesmo catastróficos. Neste ponto de saturação, terá de ser utilizado equipamento de diagnóstico para realizar esta regeneração forçada de forma eficaz e segura para o seu carro.

Quando os níveis de saturação atingirem valores superiores a 85%, é necessária a desmontagem do sistema para uma limpeza profunda em empresa especializada ou mesmo a substituição do DPF por uma nova unidade.

Regeneração a acontecer – Work in Progress!

Como podemos identificar que a regeneração está a acontecer e que afinal os sinais que identificamos não se referem a um mau funcionamento do seu carro?

  • Ventiladores do sistema de arrefecimento em funcionamento contínuo, mesmo com o carro parado e desligado.
  • Aumento do consumo de combustível sem motivo aparente.
  • Cheiro não habitual dos gases de escape.
  • Aumento das rotações do motor quando está ao ralenti e mesmo um som de funcionamento diferenciado.
  • Sistema “Start & Stop” deixou de funcionar.

Uma regeneração mal sucedida pode implicar outras situações indesejáveis para o seu carro. Todo o excesso de combustível injetado para aumentar a temperatura dos gases de escape e do DPF, pode não ter sido queimado na sua totalidade e passar pelos segmentos dos pistões.

Escorrendo para o cárter, mistura-se com o lubrificante, diminuindo a sua eficácia de lubrificação e aumentando mesmo o volume de óleo presente no cárter, o que não deve acontecer. Grande parte dos carros modernos têm um sensor de análise da viscosidade do óleo, que nos poderá dar a indicação que algo não está bem quando a viscosidade baixa em pouco tempo de utilização do lubrificante.

Um lubrificante diluído, para além de não ser eficaz na sua função, pode ser mais facilmente queimado na câmara de combustão causando outro tipo de problemas como obstrução das válvulas EGR e mesmo danos nos conversores catalíticos, não falando também do aumento de partículas emitidas que vão contribuir para uma obstruição precoce do DPF e mesmo consumo exagerado de óleo até poder danificar o motor de forma permanente por falta de lubrificação.

Não regenera? – Principais causas!

Depois do explicado, certamente que vai estar mais atento ao funcionamento do seu carro e descobrir quando ele está na fase de regeneração ativa do DPF. Mas e se nada detetar e verificar que o sistema do carro não está a provocar a regeneração?

  • Verifique se não ultrapassou o intervalo de manutenção recomendado pelo construtor e controlado pelo sistema do seu carro. Muitas vezes é o suficiente para que as regenerações não aconteçam.
  • Todos os carros com DPF obrigam à utilização de lubrificantes específicos com baixo teor de enxofre e cinzas. Está a utilizar o lubrificante correto?
  • Muitos carros “exigem” que o nível de combustível seja no mínimo 25% da sua capacidade máxima para que as regenerações se realizem. Verifique o nível de combustível no seu depósito.
  • Problemas na admissão, injeção ou EGR, assim como nos sensores de temperatura/pressão de gases de escape e líquido de refrigeração poderão ser o motivo de não poder realizar as regenerações. É comum existirem problemas não diagnosticados com os injetores, EGR obstruídas e coletores de admissão repletos de resíduos carbonosos que provocam alterações nas leituras de dados pela ECU assim como questões de origem mecânica que impedem as regenerações.
  • Verifique se tem alguma luz de aviso de avaria no seu painel. Por vezes é o suficiente para interferir no processo. Muitas vezes as avarias memorizadas pelo sistema do carro e só lidas com equipamento de diagnóstico são a causa deste tipo de problemas.
  • Por vezes o mais óbvio, as deslocações de curta distância e duração e a baixa velocidade. Veículos diesel com DPF e condução em cidade não combinam muito bem.

Reparação do DPF – a hora mais temida!

Se continuou a conduzir e ignorou ao longo do tempo os avisos que foram aparecendo no painel e os sinais de mau funcionamento do seu motor, chegou a hora mais temida dos condutores dos carros com DPF que é a sua substituição. É uma intervenção dispendiosa, quer pelo preço do filtro de partículas, quer pela mão de obra especializada para a sua instalação e adaptações necessárias com equipamentos de diagnóstico.

Todas as cinzas resultantes da normal utilização da viatura e de todas as regenerações realizadas ao longo do tempo para manter o fluxo de gases de escape dentro dos parâmetros, irão ficar retidas dentro do DPF, acabando por obstruir o mesmo e impedir a passagem dos gases de escape.

Todo este processo de obstrução progressiva acontece de forma própria em cada viatura, pois tudo depende dos hábitos e tipos de condução realizados, dos possíveis problemas que possam existir (e muita vezes desconhecidos do condutor) que têm como consequência o mau funcionamento do motor e entupimento do DPF, como por exemplo uma injeção defeituosa.

O filtro de partículas, em teoria, deveria ter uma duração alargada e não deveria ser um componente sujeito a avarias frequentes, mas conforme já dito, tal apenas depende e de forma maioritária, da maneira como utilizamos um diesel para determinado tipo de utilização. A falta de manutenção de vários componentes de um motor diesel também condenam antecipadamente o destino do DPF a limpezas ou mesmo substituições mais ou menos frequentes e a faturas avultadas para pagar.

Manter de forma correta um motor diesel pode ser oneroso e quase todos os utilizadores “saltam etapas” na manutenção para evitar manutenções custosas, “pagando a fatura” mais à frente quando as consequências se manifestarem.

Costuma-se dizer que “a obstrução do filtro de partículas não é causa do problema mas sim consequência de algo que está errado”.

Anulação do DPF? Sim ou não?

Claramente que a resposta é não. Será uma opção que irá prejudicar o funcionamento do seu motor e que só mais tarde irá verificar que as causas que levararam à obstrução do seu filtro de partículas continuam lá muito depois de o ter anulado. Todo o sistema do seu carro está concebido para trabalhar com o DPF, seja com as temperaturas, contrapressões de gases de escape e temperaturas de serviço do motor.

Se esvaziarmos o corpo do DPF ficando sem estrutura filtrante, todos os parâmetros lidos pelos sensores e informados à ECU irão estar errados para a gestão que está programada. Códigos de erro irão aparecer cada vez que é feita uma leitura de diagnóstico, ficando por saber se o erro aparece por alterações realizadas ou se há mesmo uma avaria.

É tentador o custo relativamente baixo (e único) da anulação do DPF e de ter a sensação que o carro responde muito melhor em termos de desempenho. Não se esqueça que o filtro está instalado por algum motivo, sendo que a responsabilidade ambiental de cada condutor também não deve ser descurada. Na nossa saúde, a inalação das partículas emitidas pelo escape dos motores diesel (maioritariamente) são causa de doenças respiratórias graves, entre elas o cancro de pulmão e outras doenças degenerativas do sistema respiratório.

Em Portugal, ainda não se inspecionam as viaturas de forma rigorosa, como já acontece noutros países, onde a ausência de DPF numa inspeção periódica significa chumbo imediato. Uma viatura com DPF anulado não circula de forma legal, de acordo com a legislação vigente.

Se nalgum ponto de assistência automóvel lhe for feita a proposta de anulação do filtro de partículas ou válvula EGR, não é a oficina certa nem para si nem para a sua viatura.

Existem já oficinas que não intervencionam viaturas com alterações às características realizadas nos motores nem reprogramações de software que não sejam originais.

Conclusão para Filtro de Partículas (DPF) – Tudo o que precisa de saber!

Em conclusão, o Filtro de Partículas Diesel (DPF) aparece como um componente fundamental na busca por uma condução mais limpa e sustentável. Ao compreendermos a sua função e importância, percebemos que este dispositivo não é apenas uma exigência normativa, mas uma contribuição valiosa para a preservação do meio ambiente e a saúde pública.

O DPF atua como um guardião eficaz contra as partículas sólidas prejudiciais presentes nos gases de escape dos motores a diesel. Este filtro não só ajuda os veículos a cumprirem normas ambientais cada vez mais rigorosas, mas também desempenha um papel crucial na redução da poluição atmosférica.

Além disso, ao adotar e manter corretamente o DPF, os condutores estão a investir não apenas na conformidade legal, mas também na promoção de uma condução responsável. A regeneração periódica, que queima as partículas acumuladas, assegura que o DPF permaneça eficiente ao longo do tempo, contribuindo para um desempenho otimizado do veículo.

É crucial destacar que, para maximizar a eficácia do DPF, os condutores devem seguir as recomendações de manutenção do fabricante e garantir que o veículo seja operado em condições ideais. A conscientização sobre a importância do DPF na qualidade do ar que respiramos e na sustentabilidade do planeta é fundamental.

Em última análise, o Filtro de Partículas Diesel é mais do que uma peça automóvel, é um guardião do meio ambiente, uma salvaguarda da saúde pública e um passo significativo em direção a uma mobilidade mais ecológica. Ao compreendermos plenamente o que o DPF representa, podemos abraçar não apenas a inovação tecnológica, mas também a responsabilidade coletiva de proteger o nosso ambiente para as gerações vindouras.

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Carlos Paulo Veiga

Carlos Paulo Veiga

Apaixonado por automóveis, sobretudo a sua essência técnica. Espero ajudar com a partilha de conhecimento.

Artigos: 56