Com seu histórico de inovação e expertise tecnológica, as três gigantes japonesas estão posicionadas para liderar essa importante mudança.

♻️Aposta inovadora no motor de combustão interna contra o carbono: Toyota, Subaru e Mazda unem forças ♻️

Com seu histórico de inovação e expertise tecnológica, as três gigantes japonesas estão posicionadas para liderar essa importante mudança no motor de combustão interna..

Num movimento que desafia a narrativa dominante da eletrificação total, as gigantes japonesas Toyota, Subaru e Mazda anunciaram uma parceria inovadora para desenvolver novas tecnologias de motor de combustão interna mais eficientes e com menor emissões de carbono.

As três empresas trabalharão em conjunto para desenvolver novas tecnologias de combustão interna, sistemas híbridos e de eletrificação, além de explorar o uso de combustíveis alternativos, como biocombustíveis e combustíveis sintéticos.

Mas como é que essa estratégia ousada se encaixa na luta contra as mudanças climáticas?

Em 2021, os famosos fabricantes japoneses Toyota, Subaru e Mazda iniciaram uma parceria inovadora com um objetivo ousado: combater as emissões de carbono através de uma tecnologia já conhecida e presente em milhões de veículos: o motor de combustão interna.

A resposta reside em aprimorar a eficiência dos motores de combustão interna a gasolina. As três empresas uniram forças para desenvolver propulsores mais compactos e eficientes, buscando reduzir drasticamente o consumo de combustível e,consequentemente, as emissões de CO2.

Vantagens da iniciativa:

  • Tecnologia conhecida e fiável: Ao utilizar uma tecnologia já madura, a iniciativa facilita a implementação das novas tecnologias e torna a solução acessível a um público mais alargado.
  • Abordagem gradual e pragmática: Em vez duma ruptura radical, a parceria busca aprimorar o que já existe,permitindo uma transição mais suave para soluções mais sustentáveis no futuro.
  • Complementaridade com outras tecnologias: O desenvolvimento de motores de combustão interna mais eficientes pode ser combinado com outras tecnologias, como eletrificação e combustíveis renováveis, para alcançar um futuro com emissões zero.

Dúvidas e Desafios:

  • Limitações inerentes: Apesar das melhorias, os motores de combustão interna ainda geram emissões poluentes,mesmo que em menor escala.
  • Dependência de combustíveis fósseis: A solução depende da utilização de combustíveis fósseis, como gasolina e diesel, que contribuem para o aquecimento global.
  • Visão de longo prazo: É crucial que a iniciativa seja acompanhada de um plano abrangente para a descarbonização total do setor automóvel no longo prazo.

Novas Tecnologias no Motor de Combustão Interna

Assim sendo, certos construtores insistem: não, o motor térmico não morreu! Três construtores japoneses em particular, Toyota, Mazda e Subaru, aliaram-se para desenvolver uma nova mecânica de tamanho reduzido e capaz de ser alimentada por diversos combustíveis neutros em carbono, mesmo híbridos se necessário. O regresso do motor de combustão interna em força será feito por mão Japonesa?

Numa altura de transição para os carros eléctricos, quem ainda apostaria no motor de combustão interna? Provavelmente uma má questão com uma resposta óbvia: cada vez mais fabricantes estão a recuar e a regressar aos motores de combustão ou aos carros híbridos (muitas vezes plug-in), simplesmente porque os condutores são incapazes de comprar um carro movido a bateria. seja por razões de custo ou de praticidade

Por isso, cada vez mais se pensa que o motor térmico está longe de ter dado o último suspiro. É o caso da Toyota que, à margem da corrida de resistência de 24 horas no Fuji Speedway, anunciou que o grupo estava a desenvolver em parceria com a Mazda e a Subaru um tipo de motor térmico completamente novo e diferente de tudo o que existia antes.

O Desafio

A iniciativa surge em resposta à crescente pressão para reduzir as emissões de gases de efeito estufa e combater as mudanças climáticas. O setor dos transportes é um dos maiores emissores de carbono, e os motores de combustão interna tradicionais são frequentemente vistos como os principais culpados.

A Visão

No entanto, Toyota, Mazda e Subaru acreditam que o motor de combustão interna ainda tem um papel importante a desempenhar no futuro da mobilidade. Com as tecnologias certas, argumentam as empresas, esses motores podem ser limpos e eficientes o suficiente para atender às metas de emissões ambiciosas.

A Estratégia

A parceria concentrar-se-à em três áreas principais:

  • Desenvolvimento de novas tecnologias de combustão: As empresas trabalharão juntas para desenvolver novos métodos de combustão mais eficientes e com menor emissão de poluentes. Isso pode incluir tecnologias como a ignição por compressão homogénea (HCCI) e a combustão com carga diluída.
  • Aperfeiçoamento de sistemas híbridos e de eletrificação: As empresas também colaborarão no desenvolvimento de sistemas híbridos e de eletrificação mais avançados para motores de combustão interna. Isso pode ajudar a reduzir ainda mais as emissões e melhorar a economia de combustível.
  • Exploração de combustíveis alternativos: As empresas também explorarão o uso de combustíveis alternativos,como biocombustíveis e combustíveis sintéticos, que podem ser produzidos de forma sustentável e com menor impacto ambiental.

O Objetivo

O objetivo final da iniciativa é criar motores de combustão interna que sejam tão eficientes quanto os motores elétricos,mas sem a necessidade de uma bateria pesada e cara. Isso tornaria os veículos com motor de combustão interna mais acessíveis e viáveis para os consumidores, ao mesmo tempo que reduziria significativamente as emissões de carbono.

O Potencial

O potencial da iniciativa é enorme. Se bem-sucedida, poderia revolucionar a indústria automóvel e ajudar a criar um futuro mais sustentável para o setor do transporte. As três empresas japonesas têm um histórico de inovação e expertise tecnológica, o que as torna bem posicionadas para liderar essa importante mudança.

Os Desafios

No entanto, a iniciativa também enfrenta alguns desafios. Um dos maiores desafios será convencer os consumidores de que os motores de combustão interna ainda podem ser uma opção viável e sustentável. Além disso, as empresas precisarão superar obstáculos técnicos e garantir que as novas tecnologias sejam acessíveis e escaláveis.

Mais compactos para mais espaço


A inovação viria numa nova gama de motores limpos, potentes e mais pequenos, capazes de funcionar com uma variedade de combustíveis neutros em carbono e que poderiam até ser combinados com sistemas híbridos de bateria.

A compacidade desta nova geração de mecânica é absolutamente essencial, pois permitirá competir com carros elétricos cujos componentes mecânicos reduzidos permitem favorecer o espaço a bordo. Concretamente, esta tecnologia abriria uma nova era para o design com veículos mais arrojados, com tejadilhos mais baixos e interiores mais espaçosos. Ainda em desenvolvimento, esta nova geração de motores está iminente, como disse Hiroki Nakajima, diretor de tecnologia da Toyota, à Automotive News Europe: “estamos prestes a alcançar este tipo de design com este tipo de motor”, acrescentando que estes motores “Serão completamente diferentes dos motores atuais”.

Novo Começo


Toyota, Mazda e Subaru estão determinadas. Trata-se de dar uma nova vida a motores térmicos com mais de um século. O objetivo é reinventar a combustão interna como uma tecnologia chave para reduzir as emissões de carbono. Isto envolve não só o desenvolvimento de uma nova geração de mecânica, mas também o investimento num ecossistema de baixo carbono com centrais eléctricas mais limpas. Um sinal dos tempos: o projeto chama-se “Engine Reborn”.

O Motor Rotativo?


Cada um dos parceiros trabalha claramente em tecnologias distintas. E ficamos a saber que a Mazda, por exemplo, planeia melhorar o seu motor rotativo para que possa funcionar com combustíveis neutros em carbono, além de funcionar como gerador de electricidade. O Wankel também poderia, portanto, ser movido por combustíveis sintéticos ou hidrogénio.

Ao contrário dos motores de pistão convencionais, que possuem cilindros lineares que se movem para cima e para baixo, o motor rotativo utiliza um rotor triangular que gira em órbita excêntrica dentro da câmara de combustão.

Essa rotação contínua gera três etapas distintas em cada ciclo: admissão, compressão, combustão e escape, tudo ocorrendo em um único movimento fluido, resultando em uma operação mais suave e com menos vibrações.

A Jornada da Mazda com o Motor Rotativo

A Mazda tem uma longa história com o motor rotativo, remontando à década de 1960. Em 1967, a empresa lançou o Cosmo Sport, o primeiro carro de produção com motor rotativo do mundo.

Desde então, a Mazda continuou a desenvolver e a aperfeiçoar a tecnologia, equipando diversos modelos com o motor rotativo ao longo dos anos, incluindo o RX-7 e o RX-8, que se tornaram ícones entre os entusiastas de automóveis.

Desafios e Avanços

Apesar de suas vantagens, o motor rotativo também apresenta alguns desafios. Uma das principais preocupações é a sua durabilidade, já que o rotor triangular está sujeito a maior desgaste em comparação aos pistões lineares.

Além disso, os motores rotativos tradicionalmente tiveram um consumo de combustível menos eficiente do que os motores de pistão.

No entanto, a Mazda não se intimidou com esses desafios. A empresa tem dedicado esforços contínuos para melhorar a durabilidade e a eficiência do motor rotativo, investindo em pesquisa e desenvolvimento de novas tecnologias.

Um Futuro Promissor para o Motor Rotativo

Recentemente, a Mazda anunciou planos para reintroduzir o motor rotativo nos seus veículos no futuro próximo. A empresa está a desenvolver uma nova geração de motores rotativos que prometem superar os desafios do passado,oferecendo maior durabilidade, eficiência e desempenho.

O motor rotativo da Mazda representa uma abordagem inovadora e promissora para o futuro dos motores de combustão interna. Com o compromisso contínuo da empresa em pesquisa e desenvolvimento, o motor rotativo tem o potencial de desempenhar um papel importante na criação de um futuro mais sustentável para a indústria automóvel.

Se acreditarmos em Ichiro Hirose, diretor de tecnologia da Mazda, os japoneses até trabalhariam num dispositivo que combinaria dois pequenos motores rotativos movidos a combustíveis neutros e que poderia ser associado a sistemas totalmente híbridos. Segundo algumas fontes, um dos dois motores teria rotor único e o outro rotor duplo. Os detalhes não são conhecidos nem comunicados.

Subaru e a tecnologia Boxer

Por sua vez, a Subaru, que defendeu o motor boxer, teria-se comprometido a desenvolvê-lo para que pudesse operar com hibridização avançada. Este desenvolvimento poderá acontecer muito rapidamente de acordo com Atsushi Osaki, CEO da Subaru. Seria a partir de 2028 a bordo do próximo Forester.

Num momento em que a indústria automóvel se concentra cada vez mais na eletrificação, a Subaru destaca-se pela sua persistência com o motor boxer, uma configuração de motor de combustão interna única e conhecida pelo seu baixo centro de gravidade e entrega de potência suave. A empresa japonesa, em conjunto com suas parceiras Toyota e Mazda,está a apostar em novas tecnologias para tornar o motor boxer ainda mais eficiente e ambientalmente amigável,demonstrando que o futuro do motor de combustão interna ainda pode ser promissor.

O motor boxer da Subaru diferencia-se dos motores tradicionais por ter seus cilindros dispostos horizontalmente num layout plano, assemelhando-se à forma de um boxear em posição de combate. Essa configuração oferece diversas vantagens:

  • Baixo centro de gravidade: O design plano do motor boxer contribui para um centro de gravidade mais baixo do veículo, o que resulta em melhor estabilidade, manobrabilidade e controlo.
  • Menos vibrações: A configuração horizontal dos cilindros ajuda a reduzir as vibrações do motor, proporcionando um funcionamento mais suave e silencioso.
  • Compacidade: O motor boxer é mais compacto que os motores tradicionais, o que permite uma melhor utilização do espaço no interior do veículo.

Apesar das vantagens inerentes ao motor boxer, a Subaru reconhece a necessidade de torná-lo ainda mais eficiente e ambientalmente amigável para atender às demandas do mercado atual. Nesse sentido, a empresa está a investir em diversas frentes:

  • Aperfeiçoamento da tecnologia de combustão interna: A Subaru está a trabalhar em novas tecnologias de combustão para otimizar a queima de combustível e reduzir as emissões de gases poluentes. Isso inclui o desenvolvimento de novos sistemas de injeção de combustível, controle de válvulas e gestão de motor.
  • Híbridização: A Subaru está a integrando motores elétricos aos seus motores boxer para criar sistemas híbridos mais eficientes. Essa tecnologia permite que os veículos operem em modo elétrico em baixas velocidades, reduzindo o consumo de combustível e as emissões.
  • Combustíveis alternativos: A Subaru está a explorar o uso de combustíveis alternativos, como biocombustíveis e combustíveis sintéticos, que podem reduzir ainda mais as emissões de gases de efeito estufa.

Uma Transição Suave


Os três fabricantes japoneses acreditam que uma transição forçada para carros elétricos terminará em fracasso e que o único caminho a seguir é uma transição suave e sustentada. Entretanto, serão necessários motores térmicos limpos. A abordagem deve, portanto, ser diversificada. “Ainda estamos na fase de transição onde os motores fazem parte da solução”, disse Hiroki Nakajima, aparentemente muito confiante no desenvolvimento desta nova geração de mecânica: “pode ser uma solução que muda o paradigma”. Este novo motor tem muito “espaço de manobra”, acrescentou. E Toyoda, CEO da Toyota, confirmou que a nova geração de motores permitirá vencer a guerra contra o carbono preservando os empregos, mas também o cheiro, o som e as sensações.

Sistemas Híbridos Mais Eficientes


A Toyota também não cede: o futuro passa também pela hibridização e mais particularmente através de sistemas híbridos mais eficientes, mas que também garantam a rentabilidade necessária para financiar o futuro da eletrificação automóvel. Segundo os japoneses, as novas combinações de baterias e motores térmicos poderão ser numerosas e diversificadas.

As intenções são boas, mas as ações são melhores. E a Toyota e os seus parceiros não estão apenas a começar. Já se trabalha numa nova plataforma que será capaz de acomodar estes novos motores térmicos, inicialmente a partir de 2026 na gama Lexus. A oferta deverá incluir um motor 1,5 litros naturalmente aspirado e uma versão sobrealimentada, cujo desempenho deverá corresponder ao de um 2,5 litros. Este mecanismo deverá, com cilindrada equivalente, ser 20% mais compacto que o atual, com exigência de altura reduzida em 15%.

Também seria planeado um motor com cilindrada de 2 litros, oferecendo potência muito maior que motores de maior cilindrada e também mais compacto em 10%. Resta saber quando esta nova geração de motor poderá chegar. E aí, tudo indica que a sua introdução coincidirá com a da norma Euro 7, ou seja, a partir de 2027. A seguir com muita atenção…

Conclusão

A indústria automóvel encontra-se em plena mudança, impulsionada pela necessidade urgente de reduzir as emissões de carbono e combater as alterações climáticas. Neste contexto, surge a aliança entre Toyota, Subaru e Mazda, três gigantes nipónicos que desafiam o status quo e apostam na inovação para reinventar o motor de combustão interna, outrora considerado o principal vilão da poluição.

Ao invés de abandonar por completo a combustão interna, as três marcas japonesas propõem um caminho alternativo com combustíveis com baixo teor de carbono. A meta é simples. Reduzir drasticamente as emissões de CO2 sem comprometer a performance e a eficiência dos veículos.

hidrogénio, um combustível limpo e abundante, surge como a principal aposta. Através de motores de combustão interna especialmente concebidos, o hidrogénio pode ser queimado de forma eficiente, libertando apenas vapor de água como subproduto. Esta tecnologia inovadora abre portas para um futuro com emissões zero, sem comprometer a autonomia ou o prazer de condução.

Para além do hidrogénio, os combustíveis sintéticos também entram na equação. Produzidos a partir de fontes renováveis como a energia solar ou eólica, estes combustíveis oferecem uma alternativa sustentável aos combustíveis fósseis tradicionais. Ao serem utilizados em motores de combustão interna convencionais, contribuem para a descarbonizaçãodo setor automóvel sem a necessidade de grandes mudanças tecnológicas.

Para além da aposta em combustíveis alternativos, Toyota, Subaru e Mazda também se focam na melhoria da eficiência dos motores de combustão interna. Através de avanços tecnológicos como a injeção direta de combustível, a turboalimentação e a hibridização, é possível reduzir significativamente o consumo de combustível e,consequentemente, as emissões de CO2.

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Carlos Paulo Veiga

Carlos Paulo Veiga

Apaixonado por automóveis, sobretudo a sua essência técnica. Espero ajudar com a partilha de conhecimento.

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